Poema sobre drogas

Bala sem doce

Abandonado,
desesperado,
estou na rua
desamparado
feito um cão
que não tem dono.
Vivo o abandono
tentando viver
com muito medo,
sentindo frio
procurando um meio
de sobreviver.
Disputo a calçada,
um banco na praça
mas nada é de graça.
O que fazer?
más companhias,
saudades do lar;
bateu a fome,
o que comer?
Uma proposta
dou-lhe a resposta
subo no morro:
Meu Deus socorro!
Pego o pacote,
desço a galope
a polícia chega,
falta de sorte!
No fogo cruzado
vejo a morte!
Começo a pensar
é o meu fim
levo um tiro
que dor ruim.
A bala sem doce
acertou meu peito
o sangue derrama
de todo jeito.
Nesse momento
penso,medito...
Quem é o responsável
por meu veredito?
Menino sem lar,
morre nas ruas.
Ignorância
da cabeça sua.

Professor: Maurício Nascimento de Almeida